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AS20LT04 – Barthélemy, [Auguste] & Méry, [Joseph] – NAPOLÉON EN ÉGYPTE. WATERLOO ET LE FILS DE L’HOMME. Paris. Ernest Bourdin, Éditeur. s.d. [1842]

AS20LT04 – Barthélemy, [Auguste] & Méry, [Joseph] – NAPOLÉON EN ÉGYPTE. WATERLOO ET LE FILS DE L’HOMME. Paris. Ernest Bourdin, Éditeur. s.d. [1842]

AS20LT04 – Barthélemy, [Auguste] & Méry, [Joseph] – NAPOLÉON EN ÉGYPTE. WATERLOO ET LE FILS DE L’HOMME. Paris. Ernest Bourdin, Éditeur. s.d. [1842]. IX - 330 (2) pp. 26,2 cm x 18,2 cm. E.

 

Poema satírico marselhês oitocentista em oito cantos bastante célebre à época e merecedor de várias reedições, sendo esta a mais cuidada.

Auguste Marseille Barthélemy (1794 – 1867) ficou célebre em França como poeta satírico e pelo seu trabalho conjunto com Joseph Méry (1797 – 1866). Méry, para além de um escritor prolífico, foi jornalista, poeta e dramaturgo, mas ficaria sobretudo famoso como libretista, tendo escrito o libretto da ópera Don Carlos, de Giuseppe Verdi, no qual colaborou com Camille du Locle.

A dupla de autores da bela Marselha, cujo trabalho comum era extraordinariamente coeso e indistinguível no punho, tornou-se celebérrimo em 1827, com a publicação de La Villiade, ou La Prise du château de Rivoli, que esgotou 15 edições (!) num ano; assim como este Napoléon em Égypte, publicado originalmente no ano seguinte, que mereceu também 10 reimpressões em menos de doze meses, um feito notável para os inícios do séc. XIX e para a França em clima de emergente e nova revolução.

Este volume inclui ainda os poemas de Barthélemy Le Fils de L’Homme e Waterloo. O primeiro, discorre sobre o filho de Napoléon Bonaparte, Napoléon François Joseph Charles Bonaparte, Rei de Roma, Duque de Reichstadt e futuro Imperador sob o nome de Napoléon II. Este poema valeu como resultado ao poeta o cárcere e uma multa avultada de 1000 francos. Só após a revolução de 1830 seria libertado. Já Waterloo, como o próprio nome indica, versa sobre o desastre da famosa batalha.

Esta edição contém um texto introdutório («Notice Littéraire sur le poéme») de muito interessante leitura pelo célebre erudito e político Pierre-François Tissot (1768 –1854).

Profusamente ilustrado na mancha e hors-texte com belíssimas gravuras abertas por Émile Jean-Horace Vernet (1789 – 1863), pintor reconhecido pelos seus óleos de batalhas e cultor pioneiro do orientalismo, e por Hippolyte Bellangé (1800 – 1866), um consagrado gravador e litógrafo.

 

Alors sous les arceaux de la funèbre voùte

Retentit une voix que le silence écoute :

« Soldats, le monde entier contemple vos destins ;

« La république a lu vos premiers bulletins :

« Le Nil conquis par vous a roulé dans son onde

« Les premiers cavaliers de l'Egypte et du monde ;

« Combattus par la soif et les déserts mouvants,

« Vos bataillons vainqueurs ont reparu vivants ;

« Le Jourdain prisonnier vous doit sa délivrance,

« Et la voix du Thabor parle de notre France !

 

Bom estado geral de conservação. Encadernação meia-inglesa oitocentista em percalina com lombada em pele. Sem capas de brochura. Folha de rosto e página introdutória mutiladas com corte transversal no pé, sem afectar o texto. Miolo com ténues manchas e picos de acidez, sem grande expressão.

 

Muito raro.

 

Base: 35 EUR

Estimativa: 35 – 70 EUR

* Acresce comissão da leiloeira de 18% sobre o valor de martelo e IVA a 23% (apenas sobre a comissão).

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