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AS09LT13 – Galvão, Henrique – O POETA LOPES VIEIRA EM AFRICA E O SEU RELATORIO. Lisboa. Ed. Autor. 1932

AS09LT13 – Galvão, Henrique – O POETA LOPES VIEIRA EM AFRICA E O SEU RELATORIO. Lisboa. Ed. Autor. 1932

AS09LT13 – Galvão, Henrique – O POETA LOPES VIEIRA EM AFRICA E O SEU RELATORIO. Lisboa. Ed. Autor. 1932. 30 (2) pp. 23,5 cm x 16,5 cm. B.

 

Curioso e polémico opúsculo em que o autor se defende das críticas, e contra-ataca o que o poeta Afonso Lopes Vieira tinha sobre ele exarado no seu Relatório e Contas da minha viagem a Angola.

Em 1932, o Tenente Henrique Galvão havia de deslocar-se colónias portuguesas, à África do Sul e ao Congo Belga como Director de Feiras de Amostras Coloniais, que iram realizar-se em Luanda e Lourenço Marques (actual Maputo). Afonso Lopes Vieira ofereceu-se para viajar gratuitamente como conferencista, desde que lhe pagassem deslocações, alimentação e alojamento. No entanto, antes do embarque, este apercebeu-se de que Agostinho de Campos, que tinha sido convidado, viajaria acompanhado pela esposa e com um subsídio de viagem diário. Foi o suficiente para se iniciar um longo desaguisado entre ambos. O caso tornaria proporções mediáticas, tendo até sido caricaturado por Stuart.

Henrique Carlos da Mata Galvão (1895 – 1970) viria a desiludir-se com o Estado Novo e passou a ser um dos mais esforçados opositores, tendo afirmado sempre ter sido sua a ideia da campanha do General Humberto Delgado, e tendo alcançado até fama mundial por uma das mais mediáticas tentativas de destabilização do Regime: o assalto ao paquete Santa Maria, em 1961. Acabaria os seus dias exilado no Brasil.

 

«Estamos num País em que toda a gente duvida das qualidades mais evidentes dos homens e em que toda a gente está doentiamente disposta a consentir que lhes atríbuam os mais inverosímeis defeitos. E se num ponto de vista rigorosa e singularmente moral a tranqüilidade na sua consciência é uma força – dentro dum ponto de vista prático ai daquele que a tempo se não barrica contra os assaltos dos caluniadores e se julga defendido pelo simples facto de gosar tranqüilidade na sua consciência. Nem por isso deixará de ser demolido pela malta anónima dos que em Portugal – e são tantos – caluniam por inveja, por deleite, por inferioridade ou por doença.»

 

Bom estado geral de conservação. Cadernos por abrir.

 

Invulgar.

 

Base: 10 EUR

Estimativa: 10 – 20 EUR

* Acresce comissão da leiloeira de 18% sobre o valor de martelo e IVA a 23% (apenas sobre a comissão).

 

Referência:

http://malomil.blogspot.com/2012/12/afonso-lopes-vieira-em-africa.html

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