AS05LT07 – [MANUSCRITO] CEREMONIAL OU MODO DE PROCEDER Á ENTRADA, E RECEPÇÃO DAS RELIGIOSAS DE S. URSULA DA ORDEM DE S. AGOSTINHO. Meados do séc. XVIII.
AS05LT07 – [MANUSCRITO] CEREMONIAL OU MODO DE PROCEDER Á ENTRADA, E RECEPÇÃO DAS RELIGIOSAS DE S. URSULA DA ORDEM DE S. AGOSTINHO. Meados do séc. XVIII.
🇵🇹🇧🇷
AS05LT07 – [MANUSCRITO] CEREMONIAL OU MODO DE PROCEDER Á ENTRADA, E RECEPÇÃO DAS RELIGIOSAS DE S. URSULA DA ORDEM DE S. AGOSTINHO. Meados do séc. XVIII. 21 cm x 16,5 cm, [1] 20 [2] fls. E.
Regimento litúrgico correspondente ao ingresso de noviças na Ordem de Santa Úrsula — fundada na cidade italiana de Bréscia em 1535 por Santa Ângela Mérici, reformada à luz da espiritualidade Agostiniana por S. Carlos Borromeu e introduzida em Portugal pela mão da rainha D. Mariana de Áustria, mulher de D. João V, na vila de Pereira, junto a Coimbra. Cobrindo o cerne do rito, abre com a imposição da capa, após o canto de hino mariano, e termina com a aspersão da noviça com água benta.
Tanto quanto apuramos, o cerimonial geral das Ursulinas portuguesas só se veio a materializar em letra de forma aquando da edição patrocinada por D. Manuel Bento Rodrigues da Silva, bispo de Coimbra e futuro Patriarca de Lisboa, em 1852, pelo que este configura um testemunho precoce e raro do seu regulamento ritual, seguramente muito próximo do momento histórico das suas origens no nosso país. Frontispício enquadrado por motivo de entrelac inusual; precede-o ilustração alegórica de página inteira, a fina pena, figurando a padroeira e algumas das suas mártires dilectas sob a égide do Cordeiro Místico, com divisas da ordem excertadas da Escritura; remate triangular aprimorado em forma de flor no final do texto (fl. 20v). Manuscrito para uso litúrgico, trata-se dum trabalho de apurado lavor caligráfico, conquanto amador, bem representativo dos requintes a que esta arte montou entre os nossos religiosos na era de setecentos. Algumas anotações marginais de época em letra menos formal sobre os diversos passos da cerimónia.
O manuscrito provém provavelmente do recolhimento de Pereira, primeiro e principal entre os da ordem em Portugal, dado o que se pode estimar da sua data de produção.
Bom estado geral de conservação. Encadernação inteira em pele com ferros modestos a ouro, coeva, arranhada; etiqueta com número de cota posterior. Dilatada mancha de humidade a partir da margem inferior nos primeiros dois fólios, sem prejuízo do conteúdo; trespasse e corrosão do suporte pela tinta ferrogálica, sobretudo nas delimitações das margens, que em muitos casos estão parcialmente abertas.
Base: 500 EUR
Estimativa: 500 – 600 EUR
* Acresce comissão da leiloeira de 18% sobre o valor de martelo e IVA a 23% (apenas sobre a comissão).
🇬🇧🇺🇸
AS05LT07 – [MANUSCRIPT] CEREMONIAL OR WAY OF PROCEEDING REGARDING THE ENTRANCE, AND RECEPTION OF THE NUNS OF ST URSULA OF THE ORDER OF ST AUGUSTINE. Mid-18th century. 21 cm x 16.5 cm, [1] 20 [2] fls. Bd.
Liturgical regiment corresponding to the entry of novices into the Order of St Ursula – founded in the Italian city of Brescia in 1535 by St Angela Merici, reformed in the light of Augustinian spirituality by St Charles Borromeo and introduced into Portugal by Queen Mariana of Austria, wife of King João V, in the town of Pereira, near Coimbra. Covering the core of the rite, it opens with the imposition of the cloak, after the singing of a Marian hymn, and ends with the sprinkling of the novice with holy water.
As far as we can tell, the general ceremonial of the Portuguese Ursulines was only materialised in print when it was published in 1852 under the patronage of Manuel Bento Rodrigues da Silva, Bishop of Coimbra and future Patriarch of Lisbon, so this is an early and rare example of their ritual regulations, certainly very close to the historical moment of their origins in Portugal. Frontispiece framed by an unusual interlacing motif; preceded by a full-page allegorical illustration, in fine pen, depicting the founder and some of her martyrs under the aegis of the Mystic Lamb, with the mottoes taken from Scripture; triangular finials in the shape of a flower at the end of the text (fl. 20v). A manuscript for liturgical use, this is a work of refined calligraphy, albeit an amateur production, which is very representative of the levels of refinement reached by this art in Portuguese convents in the 18th century. There are some marginal notes from the time in less formal handwriting about the various steps of the ceremony.
The manuscript probably comes from the Ursuline convent of Pereira, the first and foremost of the order in Portugal, given what can be estimated of its date of production.
Good state of preservation overall. Full leather binding with modest gold-plated irons, coeval, scratched; label with later catalogue number. Extensive humidity staining from the bottom margin on the first two folios, without detriment to the contents; pitting and corrosion of the support by the iron gall ink, especially at the edges of the margins, which in many cases are partially open.
Starts at: 500 EUR
Estimate: 500 – 600 EUR
* Auctioneer's commission of 18% on the hammer value and VAT at 23% (on commission only).
🇫🇷
AS05LT07 – [MANUSCRIT] CÉRÉMONIAL OU MANIÈRE DE PROCÉDER À L'ENTRÉE ET À LA RÉCEPTION DES MONIALES DE ST URSULA DE L'ORDRE DE ST AUGUSTIN. Milieu du XVIIIe siècle. 21 cm x 16,5 cm, [1] 20 [2] fls. Rel.
Régiment liturgique correspondant à l'entrée des novices dans l'Ordre de Sainte-Ursule – fondé dans la ville italienne de Brescia en 1535 par Sainte-Angèle Mérici, réformé à la lumière de la spiritualité augustinienne par Saint-Charles Borromée et introduit au Portugal par la Reine Mariana d'Autriche, épouse du Roi João V, dans la ville de Pereira, près de Coimbra. Couvrant l'essentiel du rite, il s'ouvre par l'imposition du manteau, après le chant d'un hymne marial, et se termine par l'aspersion du novice avec de l'eau bénite.
Pour autant que nous puissions le savoir, le cérémonial général des Ursulines portugaises n'a été matérialisé sous forme imprimée que lorsqu'il a été publié en 1852 sous le patronage de Manuel Bento Rodrigues da Silva, évêque de Coimbra et futur patriarche de Lisbonne. Il s'agit donc d'un exemple précoce et rare de leurs règles rituelles, certainement très proche du moment historique de leurs origines au Portugal. Frontispice encadré d'un motif d'entrelacs inhabituel ; précédé d'une illustration allégorique à pleine page, à la plume fine, représentant la sainte patronne et quelques-uns de ses martyrs sous l'égide de L’Agneau Mystique, avec les devises de l'ordre tirées de l'Écriture ; fleurons triangulaires en forme de fleur à la fin du texte (fl. 20v). Manuscrit pour l'usage liturgique, il s'agit d'un travail de calligraphie raffiné, bien qu'amateur, très représentatif du raffinement de cet art chez des religieux portugais au XVIIIe siècle. Il y a quelques notes marginales de l'époque, dans une écriture moins formelle, sur les différentes étapes de la cérémonie.
Le manuscrit provient probablement du couvent de Pereira, le premier et le plus importante de l'ordre au Portugal, compte tenu de ce que l'on peut estimer de sa date de production.
Bon état général de conservation. Reliure entièrement en cuir avec de modestes fers dorés, contemporain, éraflée ; étiquette avec numéro de catalogue au dos. Importantes taches d'humidité à partir de la marge inférieure sur les deux premiers folios, sans préjudice pour le contenu ; piqûres et corrosion du support par l'encre métallo-gallique, surtout sur les bords des marges, qui sont souvent partiellement ouvertes.
Mise à prix : 500 EUR
Estimation : 500 – 600 EUR