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AS03LT02 – [PORTUGAL; BRASIL] Vieyra, P. Antonio [Pde. António Vieira] – CARTAS DO P. ANTONIO VIEYRA DA COMPANHIA DE JESU, &c. 1735

AS03LT02 – [PORTUGAL; BRASIL] Vieyra, P. Antonio [Pde. António Vieira] – CARTAS DO P. ANTONIO VIEYRA DA COMPANHIA DE JESU, &c. 1735

AS03LT02 – [PORTUGAL; BRASIL] Vieyra, P. Antonio [Pde. António Vieira] – CARTAS DO P. ANTONIO VIEYRA DA COMPANHIA DE JESU OFFERECIDO AO EMINENTISSIMO SENHOR NUNO DA CUNHA E ATTAIDE, &c. 2 Tomos. Lisboa Occidental. Officina da Congregação do Oratorio. 1735. (24 [de 28]) 468; (12) 479 pp. 14,9 cm x 20,5 cm. E.


Primeiros dois tomos da primeira edição conhecida das cartas que o Pde. António Vieira, Príncipe da Língua Portuguesa e «certamente o homem mais notável do mundo luso-brasileiro do século XVII» (Charles Boxer), escreveu a diversas figuras de renome da sua época. Estas cartas começaram a ser reunidas pelo Cardeal Nuno da Cunha e Ataíde («Cardeal da Cunha»), que as entregou a D. Francisco Xavier de Meneses, 4.º Conde da Ericeira, que, tal como seu pai já havia sido, era um homem de cultura e reputado bibliófilo, possuidor de uma das maiores bibliotecas da Europa à época. D. Francisco juntou também as cartas endereçadas por Vieira ao Duque de Cadaval, que tinha em sua posse. Foram finalmente levadas ao prelo de São Sebastião da Pedreira pelo oratoriano António dos Reis.

Anos mais tarde, em 1746, o frade menor Francisco António Monteiro levaria ainda à prensa um terceiro tomo, na Regia Officina Sylviana. Innocencio dá como nota a pertença à mesma colecção, confirmando-a no mesmo Diccionario Gomes de Brito e Álvaro Neves e, posteriormente, José dos Santos, nos catálogos Azevedo – Samodães e Ameal. Rubens Borba de Moraes indica que estas Cartas deram origem a uma tradução em castelhano. Houve ainda um quarto tomo, mas que só sairia da oficina quase um século depois, em 1827. Não deixam os primeiros dois, no entanto, de ser inestimáveis e de raríssimo aparecimento no mercado. Impressão muito viva, com ornatos em xilogravura sobre papel de linho alvo e de excelente qualidade.


Bom estado geral de conservação. Encadernação da época, inteira de pele, com lombada ligeiramente nervurada e casas decoradas em motivos a ouro de belo efeito barroco; acusa algum desgaste. O Tomo I carece de quatro páginas não numeradas por erro de encadernação, correspondentes à licença do Paço. Interior imaculado e em excelente estado de conservação. Bons exemplares.


Extremamente raro.


Base: 250 EUR

Estimativa: 250 – 400 EUR

* Acresce comissão da leiloeira de 18% sobre o valor de martelo e IVA (apenas sobre a comissão).


Bibliografia auxiliar:
Ameal, 2485.
Borba de Moraes, vol. II, p. 921.
Innocencio, T. I, 1616, p. 291; T. XXII, 2728, p. 377.
Pinto de Matos, p. 617.
Samodães, II, 3510, pp. 737 - 738.
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