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AS02LT20 – Santa Rita, Augusto de – A ROSA DE PAPEL: MYSTERIO N’UM CANTICO. Porto. Renascença Portuguesa. 1917

AS02LT20 – Santa Rita, Augusto de – A ROSA DE PAPEL: MYSTERIO N’UM CANTICO. Porto. Renascença Portuguesa. 1917

AS02LT20 Santa Rita, Augusto deA ROSA DE PAPEL: MYSTERIO N’UM CANTICO. Porto. Renascença Portuguesa. 1917. 61 (3) pp. 17 cm x 23,1 cm. B.

 

Ainda que o seu irmão Guilherme tivesse ficado na história da arte do primeiro modernismo português, a influência de Augusto Cau da Costa de Santa-Rita (1888 – 1956) não foi menos importante no movimento literário de vanguarda que atingiu Portugal no início do século passado. Santa-Rita foi um poeta e dramaturgo influente, cuja direcção da revista Exílio, da qual se editou apenas um número, haveria de o consagrar (e tornar alvo) entre os pares. Pioneiro do decadentismo e do pós-simbolismo em Portugal – o que este poema dramático bem atesta –, Santa-Rita tornou-se também mais tarde num paladino do saudosismo e do «ressurgimento» de base nacionalista.

A partir de 1920, certamente desencantado, dedicar-se-ia ao novo ímpeto então surgido de literatura infantil, do qual o panorama editorial português tanto carecia em originalidade. Ficou, por exemplo, célebre, o suplemento infantil Pim-Pam-Pum!, no jornal O Século, que dirigiu a partir de 1926, sob o pseudónimo Pápim, com a colaboração do pintor Eduardo Malta (Pápusse).

 

Primeira e única edição desta obra do autor. O poeta «depositou» este «Poema Dramatico em Prosa e Verso» nas mãos do compositor e maestro Ruy Coelho (1889 — 1986), para que este o musicasse, como vem expresso em nota de abertura. O texto seria efectivamente levado ao palco do São Carlos, ainda que só passados 30 anos exactos. Correndo num cenário onírico sem local nem tempo definidos, ainda que com referentes à Antiguidade Clássica, o poema reflecte uma procura da «satisfação e realização, que só é mesmo alcançada (...)» após a morte. (Mascarenhas, 2010, p. 369).

Rúbrica do autor fac-similada na folha de rosto. Impressão em papel de excelente qualidade, barbado.

 

Muito bom estado geral de conservação. Capa impressa a ouro sobre papel texturado, com nimbo ténue nas margens. Miolo imaculado.

 

Extremamente raro. Peça de colecção nestas condições.

 

Base: 80 EUR

Estimativa: 80 – 140 EUR

* Acresce comissão da leiloeira de 18% sobre o valor de martelo e IVA (apenas sobre a comissão).

 

Referências:
Mascarenhas, A. A. G. (2010). Augusto de Santa-Rita: criação literária e vanguarda no século XX. Tese de Mestrado. Departamento de Linguística e Literaturas da Universidade de Évora.
https://modernismo.pt/index.php/a/533-augusto-santa-rita-1888-1956
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