AP02LT02 – [Cavroé, Pedro Alexandre] JORNAL DE BELLAS ARTES, OU MNEMOSINE LUSITANA. REDACÇÃO PATRIOTICA. VOL I. NUM. I a NUM. XXVI (mais suplemento ao NUM. XXIV). Lisboa. Impressão Regia. 1816. 432; 18 pp. 18,5 cm x 13,5 cm. E.
AP02LT02 – [Cavroé, Pedro Alexandre] JORNAL DE BELLAS ARTES, OU MNEMOSINE LUSITANA. REDACÇÃO PATRIOTICA. VOL I. NUM. I a NUM. XXVI (mais suplemento ao NUM. XXIV). Lisboa. Impressão Regia. 1816. 432; 18 pp. 18,5 cm x 13,5 cm. E.
AP02LT02 – [Cavroé, Pedro Alexandre] JORNAL DE BELLAS ARTES, OU MNEMOSINE LUSITANA. REDACÇÃO PATRIOTICA. VOL I. NUM. I a NUM. XXVI (mais suplemento ao NUM. XXIV). Lisboa. Impressão Regia. 1816. 432; 18 pp. 18,5 cm x 13,5 cm. E.
Primeiro volume completo desta publicação periódica de pequeno formato, extremamente rara, que se eleva entre as mais relevantes dos inícios do séc. XIX português, não só pela qualidade e variedade dos assuntos nela reflectidos, mas também porque constituiu a primeira tentativa de uma publicação de carácter artístico e, outrossim, um veículo importante das ideias liberais que então começavam a tomar forma no país e que conduziriam à Revolução Liberal de 1820. Organizados e largamente escritos por Pedro Alexandre Cavroé (1776 – 1844), arquitecto e escritor, os volumes recusam-se a aceitar o destino miserabilista de um Portugal acabado de sair de três invasões e da ausência da Corte no Rio de Janeiro. Utilizando uma linguagem moderna, concisa e escorreita, que reflecte um novo tipo de escrita a caminhar para o jornalismo que hoje conhecemos, Cavroé conta sobre momentos da história recente do país – alguns dos quais hoje largamente esquecidos da historiografia –, reflecte sobre a arte, a literatura, a poesia, descreve alguns dos monumentos do país e termina os números quase sempre com «anedoctas» ou curiosidades.
Ilustrados com seis calcogravuras, publicadas extratexto a cada quatro números, em papel de excelente corpo ou desdobráveis, a maioria parte originais ou cópias doutras feitas pelo punho do próprio Cavroé, e gravadas pelo pintor António Manuel da Fonseca (1796 – 1890; assinando como Fonseca, Filho: «Fonca F.o» e «Fonca Filho»). António Manuel da Fonseca, que teve vida longa e uma carreira reconhecida, era filho de João Tomás da Fonseca (1754-1835). As ilustrações, de grande qualidade, foram publicadas a cada quatro números e impressas em papel encorpado e consistem nas seguintes vedute: o Aqueduto das Águas Livres; um monumento sepulcral (do príncipe Waldeck), no Cemitério dos Ingleses; o Real Teatro de São Carlos; o Convento de Nossa Senhora de Jesus; o Palácio do Governo e ainda os planos de «hum moinho movido por água, inventado por Filipe Arnaud, mandado executar pelo Illustrícimo e Excelentíssimo Senhor D. José António de Menezes e Sousa, Principal da Santa Curia Patriarcal, Governador do Reino».
Bom estado geral de conservação. Encadernação inteira de pele com ferros a ouro na lombada. Lombada ligeiramente separada no pé e à cabeça, assim como pele um pouco goivada no canto superior direito. Interior irrepreensível.
Extremamente raro.
Base: 120 EUR
Estimativa: 120 – 300 EUR