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AS01LT01 – Lima, Fernando de Castro Pires de (dir.) & Lima, Maria Clementina Ferreira Pires de, (secret.) – REVISTA DE ETNOGRAFIA. Porto. Junta Distrital do Porto. 1963

AS01LT01 – Lima, Fernando de Castro Pires de (dir.) & Lima, Maria Clementina Ferreira Pires de, (secret.) – REVISTA DE ETNOGRAFIA. Porto. Junta Distrital do Porto. 1963

AP01LT01 – Lima, Fernando de Castro Pires de (dir.) & Lima, Maria Clementina Ferreira Pires de, (secret.) – REVISTA DE ETNOGRAFIA. Porto. Junta Distrital do Porto. 1963 – 1971 [1972]. vols. 1 a 15 [de 16] (30 Tomos [de 32]). 15,7 cm x 22 cm. E.

 

Volumes pessoais de Fernando de Castro Pires de Lima (1908 – 1973), director da própria Revista de Etnografia, que aqui se apresenta.

A Revista de Etnografia foi publicada entre 1963 e 1972, dispensando apresentações, já que se constituiu como uma pedra basilar do pensamento etnográfico, etnológico e antropológico contemporâneo em Portugal. Pelas suas páginas passaram os maiores investigadores e etnógrafos portugueses (e alguns estrangeiros) do seu tempo, como sejam Fernando Galhano, Carlos Alberto Ferreira de Almeida, François Beaudouin, Ernesto Veiga de Oliveira, Benjamim Enes Pereira, Afonso do Paço, &c. Volumes profusamente ilustrados, com cuidado gráfico a cargo do grande arquitecto, artista visual de excelência e poeta Fernando Lanhas.

 

Fernando de Castro Pires de Lima nasceu no Porto a 10 de Junho de 1908, tendo falecido na mesma cidade a 3 de Janeiro de 1973. Médico de formação, assumiu vários cargos directivos na saúde, nomeadamente no Hospital Geral de Santo António. Os seus interesses cedo se tornaram vastos, assim como a sua actividade intelectual para além da medicina.

Noutros domínios, foi sobretudo na Etnografia que se viria a salientar o seu espírito de investigador notável, sobretudo nos estudos que dedicou à cultura do norte do país, no que então se designava ainda por Entre-Douro-e-Minho. Foi, por isso, pelo trabalho desenvolvido ao longo de anos, Presidente do Instituto de Etnografia e Director do Museu de Etnografia e História do Douro Litoral. Seria, no entanto, a edição desta Revista de Etnografia que o consagraria como um dos mais respeitados pensadores do seu tempo.

Foi ainda responsável pela organização de numerosos e importantes encontros, entre os quais se podem referir o I Congresso Nacional de Etnografia e Folclore (Braga, 1956), o Colóquio Internacional de Estudos Etnográficos Dr. José Leite de Vasconcelos (Porto, 1958), o Colóquio Internacional de Etnografia (Santo Tirso, 1963) e o Colóquio Internacional de Estudos Etnográficos Rocha Peixoto (Póvoa de Varzim, 1966).

A sua formação em medicina levou-o a um profundo conhecimento e estudo da medicina popular. Nesta temática, foi autor das obras Medicina Popular Minhota (com Alexandre Lima Carneiro) e A Medicina Popular em S. Simão de Novais (ambas de 1931). Foi director das publicações Biblioteca Popular, A Virgem em Portugal e do Arquivo de Medicina Popular (1944 e 45).

A extensa produção etnográfica de Fernando de Castro Pires de Lima levou-o a outros domínios de investigação como a hagiografia, as tradições e expressões orais, a narrativa popular, os romanceiros, cancioneiros, contos e lendas. Foi ainda autor de Tradições populares de Entre-Douro-e-Minho (1938), em colaboração com Joaquim Pires de Lima; O Vinho Verde nas cantigas populares (1939, com colaboração de D. Maria Clementina Pires de Lima); S. João na alma do povo (1944); o Cancioneiro de São Novais, na Revista de Guimarães (1922 a 1929), tendo compilado cerca de mil quadras populares, reunidas na sua obra Cantares do Minho (2 vols., 1942), no Cancioneiro de Celorico de Basto e o Adagiário Português (1963).

Estudou também largamente outros territórios, designadamente as ex-colónias portuguesas, dedicando a estes territórios diversos artigos no Boletim Geral das Colónias. Das suas obras mais importantes, destaca-se o estudo A Arte Popular em Portugal, ilhas adjacentes e ultramar, publicado em 3 vols., de 1968 a 1975.

 

Bom estado geral de conservação. Encadernações inteiras de pele com ferros dourados do encadernador Augusto de Almeida. Interior limpo, com ocasionais picos de acidez.

 

Exemplares do director da publicação. Peça de colecção.

 

Base: 350 EUR

Estimativa: 350 - 600 EUR

* Acresce comissão da leiloeira de 18% sob o valor de martelo e IVA (apenas sobre a comissão).

** Volume de grandes dimensões – valor de portes a calcular.

 

Referência:
http://www.matrizpci.dgpc.pt/MatrizPCI.Web/pt-PT/RecursosSearch/PesquisaInvestigadores?IdEntidade=417
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